Entenda como instalar um telhado de forma correta

Entenda como instalar um telhado de forma correta

Entenda como instalar um telhado de forma correta

11 jun

A cobertura é um dos detalhes estruturais mais importantes de uma casa, pois sua estrutura afeta diretamente a concepção arquitetônica da edificação. Nas habitações, os dois tipos de utilização são mais comuns: o comum, onde os ladrilhos são visíveis para quem olha para a fachada, e a hipoteca com plataforma.

Os convencionais são conhecidos como telhados de águas, que são os painéis inclinados por onde escorre a água da chuva, e podem apresentar múltiplas águas inclinadas. Há três outros tipos que ganham cada vez mais adesão: os telhados verdes, os retráteis e os articulados. Os dois últimos são utilizados, em geral, para cobrir áreas como espaço de lazer, garagens, quintais etc.

O que diferencia ainda mais os telhados são os materiais e o tipo de estrutura. Há hoje no mercado uma gama muito diversificada de telhas. E a estrutura pode ser metálica ou de madeira, explica o engenheiro. Para os telhados convencionais, pode-se adotar uma infinidade de materiais, como telhas cerâmicas, metálicas, de madeira ou taubilhas, de fibrocimento, coberturas de concreto etc. E, no caso dos demais, coberturas vegetadas, de vidro, de policarbonato, entre outras.

DIFERENCIAÇÃO TÉCNICA

Os telhados se diferenciam não só pela estética, mas também por suas características técnicas. As telhas metálicas, por exemplo, podem possuir isolamento termoacústico, conferindo conforto ao imóvel. O uso de telhas de concreto ou cerâmicas, (telhas romanas e colonial), por sua especificação técnica, exige uma estrutura de telhado peculiar, com o ripamento respeitando a dimensão do tipo de telha escolhido. Estas telhas, especificamente, exigem um percentual de inclinação maior, a partir de cerca de 28%.

Ainda segundo o engenheiro, é mais comum em telhados embutidos o uso de telhas menos atrativas visualmente, como as telhas metálicas e de fibrocimento, que não ficam visíveis na fachada. Elas proporcionam economia, pois exigem um percentual de inclinação menor ao telhado, consumindo menos material para montagem da estrutura

O DESENHO

Depois de se conhecer os tipos de telhados existentes, é hora de sentar com o arquiteto, escolher o modelo e desenhá-lo. Se o escolhido for o convencional, é hora de pensar no número de “águas” que o telhado terá, ou seja, quantos painéis inclinados serão usados e as direções específicas que permitirão o escoamento da água de chuva. Definidas as “águas”, são traçadas cumeeiras, águas furtadas, espigões etc. Quanto mais águas o telhado tiver, mais águas furtadas e espigões serão necessários.

TELHADO DE UMA ÁGUA

O telhado de uma água – também conhecido como telhado de meia água por ser a metade de um telhado convencional (de duas águas) – é aquele composto por um único pano e caimento. Entre os diversos tipos, este é o telhado mais simples e barato de ser construído já que pode ser apoiado na própria parede existente na edificação. Sua estrutura é executada para que a chuva que cai sobre este telhado corra em uma única direção.

TELHADO DE QUATRO ÁGUAS

A estrutura do telhado de “quatro águas” é composta por quatro painéis inclinados. Para fazer a concordância entre estes painéis a estrutura montada requer o uso do chamado espigão. O espigão nada mais é que a linha que divide as ‘águas’ da cobertura, como se fosse uma cumeeira inclinada. Por necessitar de mais material, tem o valor um pouco mais caro.

TELHAS ROMANAS E COLONIAIS

Para se construir um telhado com telhas romanas, deve-se observar a estrutura que ele receberá, fazendo os apoios nos locais adequados e montando as tesouras, peças que formam uma estrutura rígida, geralmente em forma triangular, e servem para suportar cargas sobre vãos sem apoios intermediários. Neste tipo, serão usados vigas, caibros e ripas. As ripas possuem seção de 5 x 2 cm e devem respeitar o espaçamento que a telha romana exige, que é em torno de 36 cm.

Para telhas coloniais, a estrutura segue basicamente a mesma montagem usada no telhado com telha romana, inclusive no que diz respeito à distância entre caibros. Porém, a telha colonial possui a “galga”, ou seja, o espaçamento entre ripas, de 40 cm.

CÁLCULO DO TELHADO

Para dimensionar um telhado, deve-se levar em consideração o tipo de estrutura, que pode ser metálica ou de madeira. Cada um desses materiais tem resistências e padrão de utilização diferentes, a começar pelos espaçamentos. Também deve ser observada a inclinação que o telhado deve ter, obedecendo às especificações do fabricante da telha escolhida. Tendo estas características em mãos, consegue-se dimensionar as “bitolas” das peças que compõem sua estrutura, como vigas, caibros e ripas, bem como o espaçamento necessário entre essas peças.

A inclinação também impacta na quantidade de materiais, e o que a determina é o tipo de telha a ser utilizada, pois, para cada uma existe um mínimo e máximo descrito em suas especificações. A inclinação dos telhados é medida em percentual, o que complica um pouco para quem não está muito acostumado a lidar com o assunto. A arquiteta Camila Simhon explica o cálculo de um jeito simples: Se 10% é igual a 10 dividido por 100, considerando que 10% = 10 cm por 100 cm, a cada 100 cm (1 metro) na horizontal, o telhado sobe 10 cm na vertical. Mas, atenção, na hora de construir o telhado é muito importante seguir o projeto traçado pelo arquiteto, que já prevê a inclinação

Via: Dicas de Casa